"Amostras de água retiradas da região
e analisadas por especialistas mostraram extensas faixas de petróleo
em profundidades entre 50 e 1.400 metros", disse à AFP o oceanógrafo
Yonggang Liu, da Universidade do Sul da Flórida (USF, na sigla em
inglês).
"Esse petróleo em águas profundas é
invisível para os satélites", disse Liu, da Escola de Ciências
Marinhas da USF, que integra uma equipe de especialistas de várias
entidades especializadas que acompanham a circulação do vazamento na
superfície e debaixo d'água.
O fato de se manter oculto não faz
com que seja menos nocivo, ao contrário, já que torna quase
impossível limpá-lo e combater seus efeitos, afirmaram
especialistas.
"É uma questão de lógica ver que o
ecossistema em águas profundas do Golfo vai ser afetado (...). O
impacto pode ser muito grande em toda a cadeia alimentar, em
espécies de peixes sensíveis e em pequenas criaturas do oceano",
acrescentaram.
A USF apresentará esta terça-feira,
junto com especialitas da agência americana de oceanografia e
meteorologia, resultados de estudos nas águas do Golfo, disse o
especialista.