Segundo o anúncio, a partir do dia 9
de junho, o preço do Viagra (citrato de sildenafila), será 50% menor
do que o praticado até agora em todas as suas apresentações. O valor
médio de cada comprimido será de aproximadamente R$ 15.
O laboratório diz que, em média, seis
pílulas azuis são comercializadas por segundo. Só em 2009, foram
vendidos aproximadamente 7 milhões de comprimidos, de acordo com
dados da consultoria IMS Health.
"Com a embalagem de um comprimido, a
ideia é incentivar mais médicos a prescreverem o produto, bem como
mais pacientes a utilizarem, para que possam comprovar os ganhos em
saúde e qualidade de vida que eles podem obter por meio de uma vida
sexual ativa", diz Adilson Montaneira.
A iniciativa contribuirá ainda para a
diminuição do consumo de medicamentos falsificados, uma vez que o
preço mais acessível favorecerá a compra do produto original. A
gravidade do problema é tal que um estudo feito pela Pfizer em 14
países europeus e publicado no International Journal of Clinical
Practice (Revista Internacional de Clínica Prática, em inglês)
mostra que o mercado de medicamentos falsificados movimenta cerca de
10,5 bilhões de euros por ano. O estudo também revela que apenas uma
em cada dez pílulas de Viagra apreendidas no Reino Unido continha o
princípio ativo do medicamento - a sildenafila -, na mesma
quantidade que o comprimido original.
Em 2009, a Pfizer lançou uma nova
embalagem para o Viagra, com dispositivos que dificultam a
falsificação. Entre eles estão a colagem das caixas, que quando
abertas, as quatro abas se descolam e são danificadas. A embalagem
do Viagra possui também o selo holográfico de segurança e a "raspadinha"
- uma superfície coberta com tinta que reage quando friccionada com
um objeto metálico (uma chave ou moeda, por exemplo). Sob essa
tinta, aparece a palavra "Qualidade" e o logotipo da Pfizer.
"É importante que o consumidor
adquira o produto original. E, para isso, vale lembrar de outros
procedimentos ao comprar um medicamento, como adquiri-lo em
estabelecimento idôneo, solicitar nota fiscal e observar se a
embalagem não está violada", diz Montaneira.