Chaves foi baleado enquanto concedia
uma entrevista ao vivo, por telefone, a uma rádio da cidade. Ele foi
abordado e morto quando parou seu EcoSport na estrada das
Cascalheiras.
Rinaldo Valença de Lima, 26, Edson
Cordeiro, 29, e Magno de Menezes dos Santos, 26, confessaram o crime
à polícia, de acordo com a SSP, mas disseram não saber que a vítima
era policial. Eles afirmaram ainda que o carro do delegado seria o
terceiro a ser roubado ontem.
De acordo com o relato dos presos,
Lima atirou três vezes no delegado, ao perceber que ele reagiria ao
assalto. Dois tiros acertaram sua cabeça e um atingiu o carro.
"Tudo o que eles declararam coincide
exatamente com o que pudemos apurar até agora com referência à
dinâmica do crime", disse o delegado Cleandro Pimenta, que comanda a
investigação sobre o crime.
A mulher do delegado, que também
estava no carro no momento do crime, confirmou as informações, de
acordo com a SSP.
Os três serão indiciados por
latrocínio (roubo seguido de morte), formação de quadrilha, roubo e
porte ilegal de arma. Cordeiro também vai responder por tráfico de
drogas, já que foi preso com uma quantidade de maconha.
Prisões
Após ouvir testemunhas, a polícia
chegou até o esconderijo de Lima, que foi preso ontem por volta das
17h. Ele revelou a participação dos outros dois integrantes, mas
apenas Cordeiro foi preso em seguida. Com ele foram encontradas duas
armas, uma delas supostamente usada no assassinato.
Santos se apresentou na manhã desta
quinta, junto com seu advogado, na Coordenadoria de Ações Especiais.
De acordo com a SSP, Chaves integrava
a Polícia Civil desde 20 de março de 2004. Ele já havia atuado como
delegado em Barra do Mendes, e, em dezembro de 2008, havia sido
designado titular da 18ª Delegacia de Camaçari.
Cerca de cem policiais civis e
federais, além do governador Jaques Wagner (PT), acompanham o
enterro do delegado nesta quinta, no cemitério Campo Santo, em
Salvador.