Essa estratégia, chamada de "top kill",
foi abandonada em definitivo. "Estamos decepcionados. Não fomos
capazes de controlar o fluxo do poço. O vazamento foi enorme", disse
Dudley. A BP tinha dito antes que o "top kill" tinha entre 60% e 70%
de chance de funcionar.
Enquanto isso, Carol Browner,
conselheira sênior de Barack Obama na área ambiental, disse que o
governo está "se preparado para o pior". Ela disse que "o povo
americano precisa saber" que a Casa Branca está preocupada com a
possibilidade de o problema não se resolver nos próximos meses.
Pelo menos 80 milhões de litros do
combustível fóssil foram derramados no mar desde o desastre começou,
há cinco semanas.
Browner reafirmou que o desastre
ambiental é "provavelmente o pior que já enfrentamos neste país",
deixando para trás o derramamento de óleo provocado pelo petroleiro
Exxon Valdez, no Alasca, em 1989.
TENTE OUTRA VEZ
A BP tentará agora usar uma cúpula de
contenção similar à utilizada no início de maio. Ela falhou porque
cristais de gelo se formaram, impedindo que o petróleo fosse
canalizado a uma plataforma na superfície.
Segundo Dudley, o fracasso trouxe
lições para os engenheiros que poderiam ser utilizadas na nova
cúpula.
O chefe das operações da BP, Doug
Suttles, admite, porém, que mesmo se a operação for bem sucedida, só
poderá conter parte do petróleo. Isso porque os engenheiros
perceberam que não será possível fazer uma cúpula com um encaixe
perfeito, que canalize todo o petróleo.
Por isso, a empresa está fazendo
novas perfurações. A ideia é canalizar o petróleo por um poço
secundário, fazendo com que a pressão do reservatório diminua e o
vazamento se reduza até parar.
Essas perfurações vão levar, porém,
pelo menos dois meses até ficarem prontas. A conselheira de Obama
reforçou que o governo está pressionando a BP para que elas saiam o
quanto antes.