Em Montevidéu, onde assistiu à posse
de José Mujica, Hillary Clinton disse às agências internacionais que
a agenda com Cristina Kirchner seria aberta. "Vamos discutir um
amplo leque de temas", informou a secretária.
Cristina busca o apoio internacional
para pressionar o governo inglês a sentar-se e negociar a soberania
das ilhas, que já levaram os dois países à guerra em 1982. A
Argentina também quer interromper a exploração de petróleo nas águas
do disputado arquipélago, por parte da petrolífera britânica Desire
Petroleum. No início da semana passada, o governo argentino obteve
uma declaração de apoio dos presidentes de todos os países da
América Latina e Caribe.
Na ocasião, Cristina concedeu uma
entrevista à rede de TV CNN, criticando a posição do presidente
norte-americano, Barack Obama, para a região. "Obama não cumpriu as
expectativas na região (...) há uma sensação de oportunidade
perdida, embora ninguém tenha esperado um príncipe montado em um
corcel branco", disparou Cristina na entrevista.
A secretária americana chega amanhã
ao Brasil, depois de passar pelo Uruguai e Chile. A Argentina não
estava no roteiro inicial da viagem à região, que inclui ainda Costa
Rica e Guatemala. A inclusão da visita a Buenos Aires foi divulgada,
oficialmente, após as duras críticas que Cristina fez a Obama.