Cientistas chefiados por Ernest Abel,
da Universidade Wayne State, em Michigan, estudaram 230 fotos de
jogadores da principal liga de beisebol americana que começaram a
jogar antes de 1950 e as agruparam de acordo com os tipos de
sorriso.
Os jogadores foram classificados
segundo os critérios "sem sorriso" - quando apenas olhavam
inexpressivamente para a câmera -, "sorriso parcial" - quando o
sorriso envolvia apenas os músculos ao redor da boca - ou "sorriso
total", quando o sorriso envolvia a boca, os olhos e ambas as
bochechas pareciam levantadas.
As fotos foram tiradas do Registro de
Beisebol de 1952, uma lista de informações profissionais com dados e
estatísticas sobre os jogadores, como ano de nascimento, índice de
massa corporal, estado civil e tempo de carreira, os quais refletem
a forma física.
O volume de estatísticas permitiram
aos cientistas controlar outros fatores que poderiam afetar a
expectativa de vida dos jogadores.
Entre os jogadores falecidos a partir
de 1º de junho do ano passado, os da categoria "sem sorriso" viveram
uma média de 72,9 anos, os com "sorriso parcial", 75 anos, e os de
"sorriso total" viveram, em média, 79,9 anos, demonstrou o estudo.
"Considerando que a intensidade do
sorriso reflete uma disposição emocional interna, os resultados
deste estudo correspondem aos de outros que demonstram que as
emoções têm um vínculo positivo com a saúde mental, física e a
longevidade", destacou.
No entanto, não ficou claro para os
pesquisadores se os jogadores sorriram espontaneamente ou se o
faziam a pedido de algum fotógrafo.
De qualquer forma, a proporção de
indivíduos com sorriso largo - 23 - foi muito menor a daqueles com
sorriso parcial ou sem sorriso (64 e 63, respectivamente), o que
indica para os cientistas que mesmo que os sorrisos tenham atendido
a um pedido, sua intensidade refletiu a "disposição geral interna"
do jogador.