CIRURGIA DAS
PÁLPEBRAS (BLEFAROPLASTIA) NO BRASIL
A blefaroplastia é a cirurgia
para correção de deformidades das pálpebras. Geralmente são
deformidades adquiridas com o envelhecimento facial, pela perda da
elasticidade da pele (ritidose ou rugas); pela queda dos tecidos:
pele, músculos, gordura, mas também podem ser anomalias do
crescimento, deformidades adquiridas por traumatismo ou outras
doenças.
Como se desenvolve?
Fatores genéticos, ou características familiares
e raciais, têm papel preponderante no estabelecimento de alterações
na forma das pálpebras. A ação da força da gravidade, o fumo e a
radiação solar são outros fatores que causam envelhecimento e,
portanto, deformidade palpebral. Em casos muito avançados destas
deformidades, muitas vezes há prejuízo da visão, principalmente
diminuição do campo de visão. Um fenômeno característico nas
deformidades palpebrais é o aparecimento de "bolsas de gordura"
tanto nas pálpebras inferiores como nas superiores. Esta alteração é
ocasionada pela herniação ou protrusão de parte da gordura que
normalmente fica em torno do globo ocular para fora do seu local.
Traumatismos e outras doenças também podem ser importantes no
aparecimento destas deformidades
Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico das deformidades é feito pelo
médico, a partir de queixas específicas do paciente. Nestes casos,
somente o exame clínico é suficiente para chegarmos à uma conclusão.
É importante ressaltar que em alguns casos há necessidade de uma
avaliação da visão, feita por um oftalmologista, para definir
alterações de campo visual e excluir outros problemas associados.
Também é importante observar que em muitos casos
a alteração que motiva a consulta, embora pareça, não é somente na
pálpebra. É muito comum que a sobrancelha também esteja "caída",
fazendo com que a deformidade palpebral pareça maior. Nestes casos é
fundamental tratar ambas regiões para a correta solução do problema.
Como se faz a prevenção?
As medidas de prevenção incluem os cuidados com a
textura da pele, evitar ganho e perda excessiva de peso, não fumar e
limitar a exposição solar, inclusive utilizando filtros bloqueadores
solares.
Como se trata?
Como em toda a cirurgia estética a indicação de
tratamento deve partir da vontade do próprio paciente, isto é, o
tratamento das deformidades estéticas só deve ser feito por
auto-indicação. O papel do cirurgião plástico é estabelecer se os
anseios do paciente são reais, que tipo de tratamento é mais
indicado para cada caso e mostrar que este é um tratamento médico,
com todas as suas características (limitações, riscos).
Uma avaliação clínica e laboratorial
pré-operatória é fundamental para estabelecer se o paciente está em
boas condições para submeter-se a um procedimento anestésico e
cirúrgico.
A blefaroplastia visa corrigir o excesso de pele,
músculo e gordura nas pálpebras, assim como melhorar sua posição.
O tratamento cirúrgico, na maioria das vezes, é
feito através de cortes no sulco da pálpebra superior e na linha
logo abaixo dos cílios na pálpebra inferior, com pequenas extensões
laterais acompanhando rugas naturais já existentes. A pele e músculo
excedentes são retirados e a gordura herniada é tratada. No final, a
pele é suturada e se acomoda à nova estrutura.
Nesta cirurgia, a anestesia é mais freqüentemente
local com um anestesista propiciando uma sedação, embora possa ser
somente local ou até geral. A escolha do método de anestesia, sempre
em comum acordo com o anestesista, levará em consideração o tamanho
da cirurgia, as condições clínicas e psicológicas do paciente. Esta
cirurgia é normalmente realizada em caráter ambulatorial (alta
hospitalar algumas horas após a recuperação da anestesia).
O paciente fica com um pequeno curativo,
esparadrapo de papel (micropore), nos pontos. Estes são retirados em
4-6 dias.
Os cuidados pós-operatórios variam segundo a
magnitude dos procedimentos efetuados. Sempre haverá um inchaço,
maior nos primeiros 2 dias, que gradativamente vai diminuindo. Em
geral 7-10 dias é o tempo suficiente para o paciente retornar às
suas atividades sociais e laborais. É importante ressaltar que as
alterações de cicatrização e acomodação dos tecidos em seu novo
local seguem por mais algum tempo. Pelo menos três meses são
necessários para se observar o resultado final do tratamento.
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