1º caso de gripe
suína na Espanha
A ministra da Saúde da Espanha,
Trinidad Jiménez, confirmou nesta segunda-feira que um paciente
internado em um hospital de Almansa, no centro da Espanha,
apresentou diagnóstico positivo para a gripe suína. A União Europeia
(UE) fará uma reunião de emergência para discutir a doença, que já
matou 22 pessoas no México e tem casos confirmados nos Estados
Unidos e Canadá.
A gripe suína é uma
doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1.
Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes
aos da gripe comum, com febre superior a 39ºC, tosse, dor de cabeça
intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e
fluxo nasal, mas com vômitos e diarreia mais severos.
No Brasil, gabinete criado pelo
governo federal contra a gripe suína divulgou nota neste domingo um
comunicado no qual descarta evidências de circulação do vírus no
país. O Ministério da Saúde confirmou que a Secretaria de Saúde de
São Paulo chegou a notificar o governo sobre a suspeita de que dois
brasileiros que chegaram de uma recente viagem ao México
apresentaram sintomas de gripe. Mas, segundo a nota, as análises
iniciais indicam que os sintomas não estão relacionados com a
doença.
O paciente espanhol é o primeiro caso
confirmado da doença na Europa, em meio a temores de que se torne
uma pandemia, uma epidemia generalizada como a Sars, em 2003.
Segundo a ministra Jiménez, o
paciente visitou o México recentemente e está sendo atendido de
acordo com os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele
está respondendo bem ao tratamento, afirmou a ministra, e não está
em estado grave.
A UE deve realizar uma reunião de
emergência com todos os ministros da Saúde dos países do bloco para
discutir o combate à gripe suína no continente. A comissária
europeia de Saúde, Androulla Vassiliou, pedirá à presidência da UE
que essa reunião seja convocada "o mais breve possível".
Os especialistas da Comissão Europeia
acompanharam de perto a evolução do vírus durante o final de semana.
O ministro das Relações Exteriores da Suécia, Carl Bildt, afirmou
que é preciso evitar o alarmismo e aguardar uma avaliação mais
precisa das autoridades de saúde. "Não deveríamos nos preocupar
inutilmente até que saibamos realmente o que está acontecendo",
disse.
Vítimas
O governo mexicano confirmou a morte
de 22 pessoas em decorrência da doença no país. Entretanto o número
de mortos pode passar de cem, já que outras 81 mortes estão sendo
investigadas sob suspeita de que tenham sido provocadas pela gripe
suína.
O governo mexicano elevou também a
estimativa do total de pessoas infectadas. "Os relatos mais recentes
que temos são de 1.614 casos, com 103 mortes [22 confirmadas] e nós
ainda temos cerca de 400 pacientes no hospital", afirmou ministro da
Saúde do país, José Angel Cordova.
Nos EUA, as autoridades confirmaram
vinte casos da doença, e no Canadá, sete. Nenhuma pessoa morreu
nesses países.
No resto do mundo, há suspeitas de 13
pessoas infectadas na Nova Zelândia, nove na Espanha, e uma em
Israel.
O ministério francês da Saúde
confirmou nesta segunda-feira que o país não tem nenhum caso
suspeito de gripe suína, já que o último dos quatro casos
investigados neste domingo apresentou resultado negativo.
O Instituto Nacional de Vigilância
Sanitária (INVS) confirmou que o quarto caso, uma moradora de Paris
que retornou do México há uma semana, era uma gripe comum. Os outros
casos, três adultos da cidade de Lille (norte), também apresentaram
resultados negativos.
Transmissão
O vírus da gripe suína identificada
no México é do tipo influenza A --uma variação do H1N1-- e é
transmitido de pessoa para pessoa. Ele possui material genético de
vírus de aves, porcos e humanos, com elementos de vírus suínos
europeus e asiáticos.
A diretora da OMS, Margaret Chan,
reforçou, neste domingo, a necessidade de todos os países adotarem
medidas de prevenção à gripe suína. Segundo conselho do Centro de
Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, lavar as mãos é um
dos principais meios para prevenir a infecção pelo vírus.
De acordo com o órgão, esse vírus se
dissemina entre as pessoas da mesma forma que o da gripe
convencional, por meio de gotículas emitidas pelo espirro ou a tosse
do doente. Por isso, é recomendável evitar o contato com pessoas
infectadas --se estiver doente, evite grandes aglomerações, para não
espalhar o vírus. É recomendável inclusive usar máscaras.
Também é possível ser infectado ao
tocar superfícies que contenham o vírus e depois levar a mão à boca,
ao nariz ou aos olhos. Por isso, é preciso lavar as mãos com
frequência, por 15 a 20 segundos, usando água e sabão ou até gel à
base de álcool.
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Fonte:
folha.uol.com.br
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