O
caminho à África do Sul
Os sul-coreanos podem ter se
classificado para a sua sétima edição consecutiva, mas a estrada
desta vez acabou sendo mais tortuosa do que se esperava. Apesar de
uma série de atuações apagadas na terceira fase, a seleção conseguiu
vencer o grupo após dois empates sem gols com a Coreia do Norte.
Na etapa final, a
vizinha provou ser uma verdadeira pedra no sapato, e as duas
seleções ficaram no 1 a 1 em Xangai. A Coreia do Sul, porém, se
recuperou com estilo, vencendo Emirados Árabes Unidos e Arábia
Saudita antes de um empate crucial em 1 a 1 com o Irã em Teerã. A
seleção então conseguiu enfim vencer o clássico coreano em casa,
completando a missão com um triunfo por 2 a 0, como visitante, nos
Emirados Árabes.
As
estrelas
Após desempenhar um papel fundamental
nas duas últimas participações da Coreia do Sul na Copa do Mundo da
FIFA, Park Ji-Sung assumiu a braçadeira de capitão.
O versátil meia do Manchester United é agora um indispensável
guerreiro taeguk, com a sua habilidade para criar espaços e
chances para os companheiros.
A frieza e a
objetividade do atacante Park Chu-Young fazem dele
a solução para os problemas na frente. O artilheiro do Monaco, no
entanto, teve uma atuação abaixo do esperado contra a Suíça na
Alemanha 2006 e agora, aos 24 anos, está ansioso para se redimir com
a camisa dez na sua segunda participação no torneio.
O técnico
A chegada de Huh Jung-Moo, em
dezembro de 2007, colocou um fim à era holandesa na Coreia, que se
caracterizou pelos trabalhos de Guus Hiddink e Dick Advocaat. Após
um início lento nas eliminatórias asiáticas, o ex-meio-campista da
seleção calou os críticos ao classificar o país para a África do Sul
com dois jogos de antecedência.
A Copa do Mundo
da FIFA não é nenhuma novidade para Huh Jung-Moo. Além de ter
marcado um gol contra a Itáia no México 1986, ele disputou as
edições da Itália 1990 e Estados Unidos 1994 como preparador físico
e assistente técnico, respectivamente. Huh também já comandou a
Coreia do Sul como treinador interino por duas vezes, além da
seleção sub-23 no Torneio de Olímpico de Futebol de 2000 em Sydney.
Participação anterior
Ainda que tenha
sido o primeiro país asiático a disputar a competição, em 1954, a
Coreia do Sul levou mais de três décadas para reaparecer entre os
grandes do futebol mundial, o que só ocorreu no México 1986. Os
sul-coreanos se tornaram então figurinha carimbada no torneio, mas a
primeira vitória só passou de sonho a realidade em 2002, quando os
coanfitriões estrearam vencendo a Polônia por 2 a 0, antes de
baterem Portugal por 1 a 0 e avançarem às oitavas-de-final. Na fase
de mata-mata, eliminaram Itália e Espanha para chegarem às
semifinais, quando perderam por 1 a 0 para a Alemanha. Quatro anos
depois, a história foi bem diferente, com um fim prematuro ainda na
fase de grupos.
Números
>> Com a oitava
participação na Copa do Mundo da FIFA marcada para a África do Sul,
a Coreia do Sul ostenta o título de seleção asiática mais assídua do
torneio.
>> A melhor
campanha dos guerreiros taeguk até hoje foi empreendida
dentro de casa, na Coreia/Japão 2002, onde deixaram para trás as
potências europeias Portugal, Itália e Espanha para terminarem entre
os quatro melhores.
O que eles disseram:
"Esse será o último capítulo da minha
carreira no futebol. Colocarei todas as minhas energias para
conquistar bons resultados na Copa do Mundo."
Huh Jung-Moo, técnico da Coreia do Sul