O
caminho à África do Sul
Honduras trabalhou duro desde a
primeira fase das eliminatórias, quando encarou com humildade a
seleção de Porto Rico, eliminada por 6 a 2 na soma dos placares.
Depois, mesmo no grupo mais complicado da fase semifinal, os
hondurenhos conseguiram avançar ao hexagonal final à frente do
México, eliminando Jamaica e Canadá.
A última fase, porém,
não poderia ter começado pior para os jogadores de Reinaldo Rueda.
Uma derrota fora de casa para a arquirrival Costa Rica por 2 a 0 foi
o prenúncio de uma batalha épica entre os dois países, que não se
resolveria até o último suspiro. Um empate em um gol com Trinidad e
Tobago e uma vitória em casa por 3 a 1 sobre o México garantiram a
recuperação dos hondurenhos, mesmo com uma derrota fora para os
Estados Unidos pelo placar de 2 a 1.
Os triunfos diante de El
Salvador (1 x 0), Costa Rica (4 x 0) e Trinidad e Tobago (4 x 1)
foram seguidos por um revés no México por 1 a 0, resultado que não
impediu Honduras de chegar à penúltima rodada com tudo pronto para
se classificar em casa contra os americanos. No entanto, a derrota
em San Pedro Sula por 3 a 2 obrigou a seleção a vencer a última
partida em El Salvador e ainda esperar um resultado favorável no
jogo entre Estados Unidos e Costa Rica. Superado o obstáculo em San
Salvador pelo placar de 1 a 0, o selecionado de Honduras aguardou
com angústia o dramático gol de empate dos americanos no último
minuto, que garantiu a vaga na Copa do Mundo FIFA África do Sul
2010.
As
estrelas
Apesar de o país contar com jogadores
de grandes clubes europeus, o principal nome de Honduras nas
eliminatórias foi Carlos Pavón. Matador como
sempre, o atacante de 36 anos marcou o gol decisivo em San Salvador
e classificou a sua seleção para a Copa do Mundo da FIFA. Em
companhia dos talentosos David Suazo,
Wilson Palacios, Julio de León e
Amado Guevara, Pavón deve fechar com chave de ouro na
África do Sul 2010 a sua brilhante passagem pelo selecionado
nacional.
O técnico
Para Honduras, as eliminatórias para a Copa do Mundo da FIFA tinham
se transformado em uma tortura interminável. Sempre favoritos, os
hondurenhos acabavam morrendo na praia nos momentos decisivos. O
homem que mudou essa história foi Reinaldo Rueda, um colombiano de
52 anos. O treinador assumiu o cargo no começo de 2007 e, com a sua
seriedade, impressionou de cara os dirigentes locais, que lhe deram
mais tempo que os seus antecessores tiveram para trabalhar. Rueda
retribuiu a confiança ao levar ao maior torneio do futebol mundial
uma seleção eficiente no ataque e sólida na defesa.
Participação anterior
>> Honduras
volta a uma Copa do Mundo da FIFA depois de 27 anos de ausência. A
única vez em que os hondurenhos participaram do evento foi na
Espanha 1982.
>> Naquele
torneio, a seleção dirigida por José de la Paz surpreendeu o mundo
ao empatar em 1 a 1 com a anfitriã e com a Irlanda do Norte antes de
ser eliminada pela antiga Iugoslávia nos minutos finais de jogo pela
contagem mínima.
>> Héctor Zelaya
e Antonio Laing marcaram os gols hondurenhos contra os espanhóis e
os irlandeses, respectivamente, naquela competição.
Números
>> Jogando em casa, a seleção de Honduras
conseguiu uma sequência de oito partidas sem perder nas
eliminatórias para a África do Sul 2010, até ser derrotada pelos
Estados Unidos em San Pedro Sula por 3 a 2.
>> Os
hondurenhos tiveram a melhor defesa do hexagonal final da CONCACAF,
com apenas 11 gols sofridos.
>> O artilheiro
da seleção nas eliminatórias foi o experiente Carlos Pavón, com sete
gols em nove jogos.
O que eles disseram:
"Ninguém mais acreditava. Terminamos
a partida e tínhamos perdido as esperanças, mas aí vimos a agitação
da torcida e então percebemos que os Estados Unidos tinham empatado
com a Costa Rica. Estamos felizes com a vaga na África do Sul e não
vamos decepcionar a todos que confiaram em nós." Carlos
Pavón, atacante de Honduras.