Na última década, a Grécia
repetidamente registrou déficits menores que os verdadeiros, o que
ajudou a levar o país para a atual crise da dívida, segundo essas
notícias. "Nós lançamos uma investigação sobre esse assunto",
confirmou Rehn durante entrevista coletiva, após uma reunião mensal
dos ministros de Finanças da União Europeia. Rehn disse que não há
sinais de que outros países do bloco europeu tenham usado essas
técnicas, mas ele afirmou que a Comissão Europeia, o braço executivo
da UE, investiga o tema.
O braço estatístico da comissão, o
Eurostat, pediu no último fim de semana à Grécia mais informações
sobre qualquer manobra financeira afetando as finanças do governo. O
país tem até esta sexta-feira para responder, segundo Rehn.
Uma reportagem publicada no fim de
semana pelo The New York Times afirmou que o governo grego fechou
acordos de derivativos com o Goldman Sachs, permitindo que dados
sobre sua dívida pública fossem camuflados. O banco receberia o
dinheiro de volta por meio do controle da renda da loteria no país e
de taxas aeroportuárias, segundo o jornal norte-americano. As
informações são da Dow Jones.