Cerca de 3.500 funcionários da
Alfândega pararam hoje e ficarão sem trabalhar até quinta-feira, em
resposta ao aumento dos impostos, aos dos bônus e às mudanças na
aposentadoria.
Por conta da greve, os protestos
ocasionarão sérios problemas no fornecimento de alimentos e,
especialmente, de combustível.
Depois da greve dos funcionários da
alfâdega, na sexta-feira começará a dos donos dos postos de
gasolina, convocada contra a obrigação dos frentistas de agora
emitir nota fiscais, com o inuito de limitar o mercado negro.
Ainda no mesmo dia, aproximadamente
16 mil taxistas farão uma paralisação pelos mesmos motivos: a
obrigatoriedade da emissão de comprovantes fiscais. Já em 24 de
fevereiro, todo o país deverá parar por 24 horas.
Reunião em Bruxelas
O ministro sueco das Finanças disse
nesta terça-feira que o plano da Grécia para reduzir seu déficit não
é suficiente, aumentando a pressão sobre Atenas para controlar suas
finanças e acalmar os mercados. "Esta é uma situação bastante
urgente", disse Anders Borg, cujo país faz parte da União Europeia,
que tem 27 integrantes, mas não está entre os 16 que usam o euro.
"O que vimos até agora não basta.
Precisamos de mais passos quando se trata de impostos e [...]
gastos, mesmo que eles queiram construir credibilidade no mercado".
Durante a reunião dos ministros de
Finanças europeus em Bruxelas, o luxemburguês Jean-Claude Juncker
também lamentou o comportamento "irracional" dos mercados, que
derrubaram a cotação do euro em resposta aos problemas gregos.
Em 11 anos de existência da união
monetária europeia, é a primeira vez que um país precisa de apoio
dos demais por causa do seu endividamento. Dois lotes da dívida
soberana do país, num valor superior a 8 bilhões de euros cada,
vencem em abril e maio e terão de ser refinanciados. Espanha,
Portugal e alguns outros países também estão na mira dos
investidores.